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O inconsciente real


                  Propomos seguir o percurso de Lacan em relação às diferentes
            torções conferidas ao conceito de inconsciente, desde a formulação do
            “inconsciente estruturado como uma linguagem”, suas reavaliações que
            incluem lalíngua e o deslizamento para o enodamento no lugar da função
            da metáfora, para chegar à formulação que leva ao inconsciente dito real.
                  Convidamos a um recenseamento pelos primórdios da investigação
            freudiana, desde os textos pré-psicanalíticos, num trabalho de vai-e-vem,
            para mostrar como Freud faz a dedução lógica do inconsciente a partir da
            linguagem, a partir da qual concebe um aparelho de linguagem entendido
            como um campo de associações e transferências. São as associações
            as responsáveis pela estruturação do aparelho de linguagem. Este que é
            capaz de signifi car, de produzir o novo e de produzir um efeito de sujeito.
            Lacan avança para o inconsciente que escapa à linguisteria, em direção
            ao inconsciente que opera fora do campo das associações. É com ele
            que seguimos.































            Roseane Freitas Nicolau
            Início: 12 de março.
            Belém/PA - Quartas-feiras às 20h (quinzenal)


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